sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

JHFS leva o luxo para Amazônia e faz diamante no gráfico.


A ação da JHSF3 tinha uma alvo a R$ 5,11 foi a R$ 5,47, apesar da baixa liquidez, é um papel que me interessou esses dias. Vamos observar para que lado sai, desse diamante bruto. Já fiz minha estratégia para o papel, mesmo achando que o mercado está indefinido-baixa.


Claudia Facchini 14/02/2008 / Valor

Filipe Vasconcelos, diretor de novos negócios para shoppings, da JHSF: potencial turístico pela proximidade do porto.

A JHFS, que irá inaugurar em abril o shopping Cidade Jardim, o novo templo do luxo da capital paulista, decidiu construir um empreendimento de alto padrão na selva amazônica. Em comunicado enviado ontem à noite à Bovespa, a empresa informa que irá desenvolver em Manaus (AM) um projeto de uso misto, que envolve um shopping center e 11 torres de escritórios e apartamentos residenciais. A área de 86,5 mil metros quadrados foi escolhida a dedo. Localizado no bairro de Ponta Negra, próximo ao hotel Tropical, o mais tradicional da capital amazonense, o terreno situa-se em uma das regiões mais nobres de Manaus.

"Os edifícios terão vista para o rio e o shopping, por estar perto do local de onde partem os barcos, também deve atrair turistas", acredita Filipe Vasconcelos, que foi contratado há três meses pela JHFS para ocupar a recém-criada diretoria de novos negócios para shopping centers. O posto foi aberto justamente para intensificar a prospecção de oportunidades neste mercado, que hoje responde só por 10% da receita da companhia. A JHFS acredita que a receita com locação de lojas em shoppings e de edifícios comerciais pode representar 20% de seu negócio dentro de alguns anos.

A empresa, porém, manteve-se até agora distante do forte movimento de aquisições por que passa o setor. As demais operadoras de shoppings, como a BR Malls, saíram à caça de shopping independentes. "Olhamos muito o que acontece, mas, por enquanto, nenhuma (aquisição) fazia sentido", disse Eduardo Câmara, vice-presidente da JFHS. "Os projetos greenfield ( do zero) possuem taxas superiores de retorno", acrescenta o executivo. A JHFS, que é dona do Hotel Fasano, também dá preferência a projetos de uso misto, que não incluam apenas shoppings.

A JHFS irá construir outro megaempreendimento em Salvador (BA), que terá, além de um shopping, 29 torres comerciais e residenciais. A companhia não informou o valor que será investido nesses empreendimentos.

A Amazônia está na moda. Além do grande potencial turístico, a Zona Franca de Manaus passa por uma fase de expansão, fazendo com que o Estado mostre taxas de crescimento de mais de 3% ao ano. Em setembro do ano passado, o grupo português Sonae Sierra também anunciou que irá construir um shopping em Manaus, orçado em ? 67 milhões de euros.

"Manaus, que possui 1,7 milhão de habitantes, é a cidade com o menor taxa de penetração de shoppings", afirma Vasconcelos. Até hoje, capital amazonense só possui um centro comercial de grande porte, o Amazonas Shopping, que já chamou a atenção da BR Malls. Além de adquirir uma participação acionária no empreendimento, a empresa passou a administrá-lo em 2007.

O shopping da JHFS será voltado para o público de renda mais alta, mas, segundo Vasconcelos, o mix de lojas não será o mesmo do Cidade Jardim, onde estão se instalando marcas de luxo. "Em Manaus, deve haver um maior número de lojas nacionais. Acreditamos que o shopping será a porta de entrada para muitas varejistas", diz Vasconcelos. O shopping é um dos maiores empreendimentos imobiliários da cidade e será construído em fases. A primeira delas deve ser lançada em 2009.

Segundo a JHFS, o valor geral de vendas - indicador conhecido pela sigla VGV e que projeta o potencial de receita gerado pelo empreendimento - do shopping de Manaus está estimado em R$ 400 milhões. A área bruta locável do shopping será 32 mil metros quadrados. A empresa calcula que o VGV do megaprojeto de Salvador será de R$ 700 milhões. Nesta cidade, o shopping terá 48,8 mil metros quadrados de ABL.

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