sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Com aquisições, ESCs elevam faturamento em 63,3% no trimestre.

Com aquisições, empresas elevam faturamento em 63,3% no trimestre
De São Paulo Jornal VALOR
21/11/2007



As empresas de shopping centers foram às compras com os recursos levantados nos IPOs (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações). Após realizarem uma série de aquisições, a receita das quatro empresas do setor listadas na Bovespa cresceu 63,3% no terceiro trimestre.

O lucro Lajida (resultado antes dos juros impostos, depreciação e amortização) quase dobrou, com aumento de 90,7% em relação ao terceiro trimestre de 2006. No entanto, o setor é ainda pequeno se comparado a outras indústrias. As quatro companhias - Iguatemi, Multiplan, General Shopping e BR Malls - faturaram juntas R$ 188,3 milhões no terceiro trimestre.


Normalmente, as empresas de shopping utilizam um critério que soma o lucro líquido, a depreciação e amortização, chamado de FFO ( funds from operations), para medir o desempenho operacional dos empreendimentos. "Nas aquisições, a depreciação nunca é levada em conta na avaliação do preço de um shopping center", diz um consultor do setor imobiliário. O FFO das quatro empresas de shoppings negociadas na Bovespa cresceu 114,9% no terceiro trimestre.


As altas taxas de crescimento refletem o acelerado ritmo de aquisições e expansão das empresas do setor. Mas os efeitos nem sempre são positivos na última linha do balanço. A BR Malls, braço de shoppings criado pela GP Investments, registrou um prejuízo de R$ 10 milhões no terceiro trimestre. A General Shopping saiu do vermelho e reverteu uma perda de R$ 4,7 milhões no terceiro trimestre de 2006 em um ganho de R$ 3,7 milhões neste ano.


A corrida por aquisições tende a fazer com que as empresas de shoppings continuem demandando capital. E a oferta de dinheiro será determinante para dar o tom do mercado daqui para frente. Com a maior disputa, os preços dos empreendimentos dispararam, alcançando R$ 15 mil por metro quadrado para empreendimentos de primeira linha. O diretor de relações com investidores da General Shopping, Alessandro Veronezi, diz que a empresa pagou em média R$ 3,2 mil por metro quadrado pelos três shoppings que comprou, na semana passada, da São Carlos e R$ 3,3 mil pelo shopping de Cascavel.


Iguatemi e Multiplan, as mais antigas e consolidadas empresas de shoppings do país, mostraram fortes resultados na última linha. O lucro da Iguatemi, da família Jereissati, foi 124,4% maior no terceiro trimestre, enquanto o ganho da Multiplan, controlada pelo empresário Isaac Peres, cresceu 69%. Por serem as mais tradicionais, as duas empresas possuem shoppings que atingiram a maturidade. (CF)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Será a General Shopping, o patinho feio das ESCs?

A General Shopping já subiu, desde o seu lançamento, 18,93% contra 14,61%, no mesmo periodo do Ibovespa. É a menor empresa de shoppings listada na bolsa, mas está acelerando sua expansão e procurando mais ativos. Tem um gap a R$ 15,00, mas desenha um "canal de alta amigo", tem um objetivo a R$ 18,00.

Segue reportagem do Jornal Valor:
General Shopping busca mais capital
Jornal VALOR
Claudia Facchini
21/11/2007

Depois de captar recursos na bolsa em julho deste ano, a General Shopping (GSB) avalia recorrer a outras alternativas de financiamento para continuar bancando aquisições e disputar o mercado com as grandes companhias do setor, Multiplan, BR Malls, Iguatemi, Brascan, Cyrela, Ancar e JHFS. Alessandro Poli Veronezi, diretor de relações com investidores da GSB, diz que a empresa planeja bater às portas do mercado internacional nos próximos meses e fazer uma emissão de bônus para financiar novos investimentos em 2008.

Os valores da operação ainda não foram definidos. Das administradoras de shoppings que abriram o capital, a GSB é a menor delas, mas a companhia acelerou o seu crescimento e começa a ganhar estatura com uma estratégia focada em empreendimentos populares. No terceiro trimestre, a receita bruta da empresa cresceu 38% em relação a igual período de 2006, totalizando R$ 14,1 milhões. A receita com aluguéis aumentou 43,4% no período, totalizando R$ 11,2 milhões.

Encontrar uma nova fonte de recursos, porém, será um desafio para companhias como a GSB, que fizeram o IPO (sigla para oferta pública inicial de ações), aumentaram de tamanho e agora precisam de mais capital para manter um plano agressivo de expansão. "O mercado de bônus não está fechado, mas o acesso está mais difícil depois da crise do subprime (hipotecas) nos EUA", afirma Alan Riddell, sócio da divisão de "financing" (captação de recursos) da KPMG. O custo dos financiamentos também está mais caro para as empresas brasileiras.



A firma de consultoria montou há dois anos a divisão de captação de recursos no país para atender à crescente demanda das empresa por capital. Das 19 operações de financiamentos que está estruturando, Riddell afirma que três são de bônus. Uma delas já está pronta, mas está à espera de uma melhora do humor do mercado. "Com os IPOs e a maior oferta de capital, as empresas brasileiras cresceram e um maior número delas hoje tem porte para acessar o mercado internacional de dívida", diz o consultor.

A GSB já investiu uma boa parte dos R$ 283 milhões que levantou na Bovespa. No fim do terceiro trimestre, a empresa ainda possuía em caixa R$ 194 milhões. No entanto, a GSB acaba de concluir a aquisição de três shoppings que pertenciam à São Carlos, incluindo o Top Center, na avenida Paulista, em São Paulo, por um valor total de R$ 63,8 milhões. A empresa também comprou 85% de um shopping em Cascavel, no Paraná, por R$ 25,2 milhões.

"Queremos reforçar o caixa para bancar os investimentos em 2008", diz Veronezi, acrescentando que a empresa tem planos de fazer uma nova captação na bolsa para financiar a expansão em 2009. A GSB optou por dirigir o foco para as classes B e C. "Somos a única das quatro empresas de shopping centers listadas na Bovespa com um foco em empreendimentos populares" , afirma Veronezi.

Nos últimos dois anos, a indústria de shoppings, ainda dominada por pequenas empresas familiares, iniciou um processo de concentração que acendeu o apetite dos investidores. "No setor, o segmento de shoppings populares é o que apresenta o maior potencial de crescimento, enquanto o mercado de empreendimentos para classe A ou 'triple A' já está mais perto do ponto de saturação", diz Veronezi.

No terceiro trimestre deste ano, a GSB registrou um aumento de 319% em um indicador utilizado pelas empresas imobiliárias e administradoras de shoppings, o FFO (sigla para "funds from operations"), que mostra o desempenho operacional dos empreendimentos. Este critério é composto pelo lucro líquido, mais depreciação e amortização.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O controverso 13º aluguel cobrado pelos shoppings.


As empresas de shopping centers listadas na Bovespa, ainda não completaram um ano na Bolsa. A Iguatemi que esta há mais tempo, vem sendo negociada há pouco mais de 10 meses e os resultados operacionais estão sujeitos à sazonalidade que afeta a indústria do ramo. As vendas na indústria de shopping centers geralmente aumentam nas seguintes datas comemorativas: Dia das Mães (maio), Dia dos Namorados (junho), Pais (agosto), Crianças (outubro) e Natal (dezembro). Além da sazonalidade das datas comemorativas, no mês de dezembro, os lojistas dos shoppings, por previsão contratual, em sua grande maioria, pagam aluguel em dobro. Desta forma, as receitas praticamente dobram no mês de dezembro.

O projeto de lei sobre locação em shoppings de 2002 da deputada Zulaiê Cobra do PSDB/SP está parado na Câmara por conta das CPIs e têm aspectos negativos e positivos. Acabar com a multa de até 20 aluguéis para o lojista que está saindo do shopping é um ponto positivo.

O 13º aluguel parte do princípio de que, na época do Natal, todos os lojistas vendem o dobro. O pequeno empresário não consegue dobrar as vendas e, portanto, acaba tendo um custo maior. Se o 13º aluguel não existisse, o empreendedor estaria naturalmente recebendo um valor a mais, porque o contrato de aluguel já estabelece um percentual sobre o faturamento bruto. Na prática, o que está acontecendo agora é o fato de muitos shoppings novos estarem abrindo mão do 13º para fechar contratos com grandes marcas. Existem redes de lojas que só entram num shopping com a condição de pagar apenas 12 aluguéis e um percentual sobre o faturamento.

Vamos ver como vão ser os balanços do ínicio do ano de 2008.

Abaixo a tabela, demonstrando o efeito da sazonalidade sobre as receitas brutas nas ESCs no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006:

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Fundo Lazard adquire 6,57% da JHSF.


A JHSF Participações, que já caiu 54% desde seu topo em agosto e já caiu 18,7% do seu preço do IPO, enviou um comunicado informando que a Lazard Asset Management LLC atingiu a participação em ações de emissão da JHSF, no dia 13 de novembro, de 28.008.668 ações, ou 6,57% do total de ações emitidas pela JHSF Participações S.A. quase um terço dos papéis em circulação. O valor da posição é de R$ 182 milhões e seu único objetivo é o investimento financeiro. A Lazard informou que as compras não objetivam alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia.


São Paulo, 19 de Novembro de 2007 Comissão de Valores Mobiliários – CVM
At.: Superintendência de Acompanhamento de Empresas Cópia para:Bolsa de Valores de São Paulo At.: Gerência de Supervisão de Empresas Ref.: Comunicado de aquisição de participação acionária na JHSF Participações S.A. (“JHSF”)

Vimos pela presente encaminhar através do sistema IPE comunicado de Lazard Asset Management LLC sobre a aquisição de ações de emissão da JHSF, feito a esta CVM e com cópia para Bovespa e JHSF.

Aproveitamos para salientar que o capital social da JHSF é dividido exclusivamente em ações ordinárias e que informaremos o referido investidor sobre este fato.

Atenciosamente,

Eduardo S. Camara
JHSF Participações S.A


Segue tabela do pregão passado:

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Lojistas de shopping calculam fortes perdas no feriadão prolongado somente na cidade do Rio.


15/11/2007 01:28:00
Prejuízo de R$ 340 milhões
ODIA
Rachel Vita e Élcio Braga

Rio - Em apenas um dia de feriado, o Estado do Rio perde quase R$ 150 milhões em vendas do comércio — a capital, mais da metade desse valor, R$ 85 milhões. Como a partir de hoje o feriadão será duplamente prolongado, o prejuízo chega a R$ 340 milhões no Rio se considerarem os dias ‘enforcados’. As contas são da Associação das Empresas Lojistas em Shopping Centers (Aloserj).

De quinta (Dia da Proclamação da República a terça-feira (Dia da Consciência Negra), somente os comerciários, com comissões entre 2% e 4%, podem perder de R$ 7,5 milhões a R$ 15 milhões, na cidade do Rio, responsável por 57% das vendas. A Aloserj calcula que a redução nas compras chegue a 50% nos quatro dias imprensados pelos feriados. “Ou seja menos 20% de receita”, reclamou Arthur Fraga, economista da Aloserj.

No cálculo, a associação incluiu a perda da indústria (cerca de 45% do valor), empresas de cartões de crédito (4%), empresas proprietárias de shoppings (7%) e mais impostos (até 27%). “O comércio deixa de comprar da indústria, que também perde. E o estado, o município e a União também não arrecadam impostos de 18% a 27% sobre mercadorias e serviços”, explica o presidente da Aloserj, Claudio Gordilho.

Ele citou o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ISS (Impostos de Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Gordilho criticou Prefeitura do Rio e governo do estado por decretarem ponto facultativo para servidores. “Incentivam essas perdas”, acredita. “O prejuízo desses dias implica em não-geração de mais empregos”, adverte Gordilho.