sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Cai "ciclo de vida" de Shoppings Centers

O 'ciclo de vida' dos shopping centers está ficando cada vez mais curto. Nos Estados Unidos, onde o fenômeno já vem sendo observado há alguns anos, pelo menos 150 centros de compra construídos entre os anos 1950 e 1970 foram fechados. Muitas dessas construções foram demolidas e suas áreas destinadas a outras atividades, causando danos econômicos e urbanos. Outras estão abandonadas, contribuindo para a deterioração de seus arredores. No Brasil, é necessário chamar a atenção para o problema e evitar que o mesmo venha a ocorrer com os shoppings construídos aqui.

Essas são as conclusões do estudo 'Os Shopping Centers e o Enfrentamento do Ciclo de Vida do Produto', que será apresentado durante o VII Seminário da Sociedade Latino Americana de Estudos Imobiliários (LARES, na sigla em inglês de Latin American Real Estate Society), em São Paulo, nos dias 25 e 26 de outubro.

De acordo com o autor do trabalho, o arquiteto e urbanista Fernando Garrefa, mestre e doutor em Planejamento Urbano pela Universidade de São Paulo (USP), o fenômeno acontece porque um shopping center é considerado produto imobiliário e, como tal, está sujeito a um 'ciclo de vida'. Ou seja: passa por períodos de introdução, maturação, diversificação e declínio. 'Como acontece com os aparelhos celulares ou computadores, que rapidamente ficam obsoletos, um centro de compras deixa de ser interessante assim que outro mais moderno ou com um apelo diferente é inaugurado', explica. 'Nos Estados Unidos, como o investimento do mercado imobiliário na construção de shoppings é grande, o ciclo de vida deles fica cada vez mais curto'.

Já no Brasil, segundo Garrefa, há ainda uma demanda considerável por novos shopping centers, principalmente em cidades do interior, mas, dentro de alguns anos, o mesmo fenômeno poderá ser observado aqui. 'Para evitarmos isso, é importante que se pense no produto shopping center como um equipamento duradouro e não oportunista', alerta. 'Os centros de compra tem deter, como o próprio nome diz, foco no comércio e não tanto no lazer, como vem acontecendo. Além disso, é preciso, antes de construí-los, levar em conta sua inserção urbana, para que não causem transtornos na região em que estão localizados'. (Redação - InvestNews)

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